A AUTOAVALIAÇÃO na educação é um instrumento de extrema valia! É a reflexão do aluno sobre o seu próprio desempenho.
A autoavaliação se torna uma grande ferramenta no processo de ensino, construindo um meio eficiente para o aluno reconhecer suas habilidades e competências, identificar suas deficiências e poder se aprimorar como aluno integral, como protagonista do seu próprio aprendizado, se apropriar da sua história como sujeito aprendente.
Como ajudar seus alunos nesse processo?
Nós da Vivadí construímos um instrumento que possibilita o aluno se autoavaliar com relação às suas competências socioemocionais, a partir do Ensino Fundamental Anos Finais.
O instrumento de autoavaliação foi construído com as adaptações necessárias para esta faixa etária e como um subsídio competente para uma avaliação formativa de excelência.
O repensar da avaliação contribui, sobretudo, para uma mudança de postura em
relação ao processo de aprendizagem. É muito importante refletirmos constantemente sobre as práticas avaliativas, com o intuito de diagnosticar possíveis dificuldades e agirmos preventivamente.
O objetivo: é fazer o aluno analisar suas aptidões e atitudes, seus pontos fortes e
frágeis.
As vantagens: o aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire
responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e a aperfeiçoar potencialidades.
Mas atenção: o aluno, para se autoavaliar, precisa sentir que há um clima de confiança e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender melhor.
A autoavaliação é um processo de metacognição, entendido como um processo
mental interno através do qual o próprio toma consciência dos diferentes momentos e
aspectos da sua atividade cognitiva. É a atividade de autocontrole refletido das ações
e comportamentos do sujeito que aprende.
É um olhar crítico consciente sobre o que se faz, enquanto se faz.
Note-se que a distinção entre o autocontrole e a metacognição assenta em que a
segunda é consciente e refletida, enquanto a primeira é uma componente natural da
ação, é tácita e espontânea, sendo parte constituinte das ações complexas que o ser
humano pratica.
Algumas citações de autores renomados e estudiosos sobre o assunto:
Perrenoud (1999) considera ser necessário reinventar a avaliação formativa.
Segundo ele:
“[…] não basta ser adepto da ideia de uma avaliação formativa. Um professor deve ainda ter os meios de construir seu próprio sistema de observação, de interpretação e de intervenção em função de sua concepção pessoal do ensino, dos objetivos, do contrato didático, do trabalho escolar… Uma prática da avaliação formativa supõe um domínio do currículo e dos processos de ensino e de aprendizagem em geral. De nada serve querer implantar um dispositivo sofisticado em uma pedagogia rudimentar. A avaliação formativa evoluirá, portanto, como a diferenciação do ensino, com o nível médio de qualificação pedagógica e de profissionalização dos professores” (p. 122-123).
De acordo com Villas Boas (2001):
“[…] a adoção da avaliação formativa implica a existência de cultura avaliativa voltada para o comprometimento com a aprendizagem de cada aluno e de todos os que com ele interagem. Parte-se da crença de que o desenvolvimento do aluno depende do desenvolvimento do professor e da escola… Surge então a necessidade de se identificar o que existe dentro da ‘caixa-preta’ da sala de aula e explorar o potencial da avaliação como parte do trabalho desenvolvido por cada aluno, para a elevação dos seus níveis de desempenho. Para isso, várias mudanças são necessárias” (VILLAS BOAS apud VEIGA e FONSECA, 2001, p. 209).
Portanto, a autoavaliação, deve levar em conta o desempenho do aluno em diversos momentos do desenvolvimento de suas competências e habilidades.
Partindo-se do princípio de que o conhecimento se constrói não por acumulação, mas por reconstrução dos saberes adquiridos, a participação efetiva do aluno na análise de todo o processo de aprendizagem, com o intuito de identificar deficiências que possam ter ocorrido e poder opinar na busca de soluções, constitui-se um instrumento poderoso como parte da avaliação formativa e da autoavaliação.
O exercício da autoavaliação é, antes de tudo, o primeiro passo para o processo de aprendizagem e de transformação.
Quanto mais preciso e metodológico ele for, mais benefícios serão obtidos.
A autoavaliação pelo aluno faz parte deste processo de reflexão.
A apreciação crítica do aluno relativamente ao seu trabalho, ao seu processo de aprendizagem, permite identificar e compreender as etapas que os constituem, analisar e compreender erros e acertos.
Deve-se entender que a autoavaliação subsidia a construção tanto no plano de trabalho do professor quanto a construção de conhecimento pelo aluno. Para se construir um plano de trabalho, por exemplo, avalia-se diversas informações para se determinar o objetivo do curso, os conteúdos, os métodos, os procedimentos didáticos e de avaliação, e todos esses pontos devem estar articulados.